Gosto muito de ouvir, e de contar estórias. Algumas são muito interessantes, outras servem para nos ensinar alguma coisa, ou ilustrar um fato. A propósito, me lembro de uma história, quase perdida na noite dos tempos... Só não me recordo, o nome do personagem, mas trata-se de um garoto esperto, que mais tarde veio a ser muito conhecido.
Pois bem, a estória que vamos contar, envolve esse garoto, sua professora, sua escola, seus coleguinhas, e também um burro...
... Estavam reunidos numa sala de aula, o garoto, a professora, e demais alunos da classe de um curso primário. A escola, pelo fato que vamos narrar, certamente ficava em algum lugar parecido com o terreno de uma fazenda, ou seja, num campo, distante da cidade.
Certa vez, a mestra e os alunos foram surpreendidos com a entrada inesperada de um animal, melhor dizendo, de um burro, em plena sala de aula. O asno, talvez pela algazarra da criançada ante a sua presença inusitada, correspondeu com um gostoso relincho (ou zurro, que lhe é próprio).
A professora, nervosa e apavorada, ordenou desesperadamente que seus alunos expulsassem o intruso da sala. E as crianças, alegremente assim fizeram, e o burro voltou para o seu pasto verde.
Refeitos daquele momento de confusão, de barulho e risos pelo acontecimento incomum, a professora disse então aos alunos: - Aproveitemos este incidente; quero que todos façam uma redação, narrando o episódio que acabamos de vivenciar.
E todos começaram a trabalhar no pedido da professora, menos o garoto, o personagem da nossa estória, que ficou a pensar, como que olhando para o alto, para as moscas voando.
O tempo se esgotava, e a mestra pedia que todos terminassem o trabalho. O garoto então, escreveu no seu caderno, uma única frase: "Veio para junto dos seus, e os seus o enxotaram"... Nesta única frase, o garoto simplesmente sintetizou o acontecimento citando uma passagem bíblica, cujo texto correto, seria mais ou menos assim: "veio para junto dos seus, e os seus dele se apartaram"; numa referência a Cristo, que foi renegado por seus amigos.
Bem, o nosso garoto provou que era mesmo perspicaz, e a estória termina aqui.
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