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LER LIVROS


KINDLE

          Ler livros, é um hábito que já foi melhor cultivado, mas diminuiu muito ultimamente.  Parece-nos que as crianças e os adultos de hoje, vivem hipnotizados pela TV ou pelos celulares (Smartphones), em detrimento de um bom livro.  Talvez eu esteja exagerando um pouco, pois também conheço muitos leitores de livros entre minhas amizades. 


         Felizmente, estamos vivendo os novos tempos de um novo governo, que promete uma educação de crianças e jovens focada nos avanços de tecnologias digitais, além de um plano de governo para regulamentar o Ensino doméstico no Brasil, como já existe um modelo desse tipo em outros países.  Tudo indica que vamos recuperar um atraso de mais de dez anos neste setor Educacional.  Que Deus abençoe esta sabedoria dos nossos governantes. 

          Estudar e cultivar o hábito de ler livros, além de enriquecer o nosso vocabulário da Língua Portuguesa, enriquece também o nosso espírito.  Só poderemos entender a profundidade desta afirmação, lendo livros.  Monteiro Lobato, brilhante escritor brasileiro, nascido em Taubaté-SP, declarou certa vez que, "um país se faz com homens e livros". 

          No entanto, existem pessoas que têm preguiça de ler, como por exemplo, o nosso ex-presidente Lula, que é um "preguiçoso-confesso" neste sentido.  Outras pessoas, realmente não dispõem de tempo para uma dedicação regular à leitura de livros.  Para estas, não há mais desculpas: já existe o livro eletrônico, indicado para aproveitar melhor aquele pouco tempo ocioso. 

          O mundo tecnológico, nos traz hoje um leitor de livros digitais, chamado Kindle, desenvolvido pela Amazon, e que permite aos usuários, comprar e baixar livros, pesquisar e principalmente ler livros digitais.  Além disso, o Kindle possui centenas de dicionários embutidos.  Dá menos preguiça de carrega-lo pra tudo que é lado, e a bateria do aparelho dura geralmente um mês, com uso de 1h/dia.  Sua capacidade de armazenamento, é em torno de 60 livros, a um custo muitíssimo menor do que os livros convencionais.
O Kindle

          O Kindle é semelhante a um táblete, mas sua proposta de uso é totalmente diferente e voltada apenas para livros.  Enfim, à parte desta breve apresentação, o Kindle ainda tem "mil e um recursos" como ferramenta eletrônica de leitura de livros.  Quem usa o Kindle, passa a ler 4 vezes mais do que com livros físicos.

          Dicas para uma boa leitura:
  • Vá para um lugar calmo;
  • Não deitar na cama para ler, pois essa posição dá sono, e prejudica pois, a leitura;
  • Procure uma cadeira confortável, na qual a coluna fique apoiada;
  • A cada duas horas de leitura, mais ou menos, tire 10 a 15 minutos de descanso (levante-se e movimente os braços e pernas).
          Existe um mundo fascinante a ser descoberto através da leitura, e existe uma imensa variedade de bons livros que merecem ser lidos.  Nosso conhecido Ziraldo (cartunista, chargista, cronista), numa sacada inteligente afirmou que: "ler, é mais importante que estudar".





   

ADEUS BOEMIA


Guilherme Köhn

          Boêmio, é aquele indivíduo que vive pelos bares da vida, com os amigos, ou ainda fazendo serenatas para a sua amada, e muitas vezes considerado com aventureiro ou vagabundo.  Mas, hoje em dia nota-se que esse tipo de pessoa está desaparecendo (ou se tornando irrelevante).  Os tempos mudam, e os estilos de vida também se transformam. 


         Por outro lado, boêmio não significa apenas o sujeito que vive despreocupadamente ou na vagabundagem.  Pode ser também um sujeito sonhador, pouco pragmático mas um filósofo ou poeta de rua.  Pode ser uma pessoa culta, mas que normalmente não frequenta ambientes tradicionais.  Ele gosta da noite, e de ambientes pouco sofisticados. 

          Existe atualmente, uma figura muito conhecida, que pode ser considerado como um autêntico boêmio:  o cantor Zeca Pagodinho.  Ele gosta de uma "boa vida", está sempre festejando com os amigos.  Deve haver outros boêmios por aí (poucos), mas eu desconheço.  (Eu também já fui um boêmio).

         A vida é assim, ou seja, está em constante transformação através dos tempos.  Já passamos pela idade antiga, pela idade média, pelo Renascentismo, que foi um período conhecido pelo desenvolvimento cultural e artístico;  passamos pelo período da Revolução Industrial, com mudanças de comportamento e tecnologias (já ultrapassadas) e agora, a nossa modernidade anuncia a chegada de uma "Nova Era" com tecnologias inimagináveis.  Já estamos assistindo à evolução dessas tecnologias que avançam rapidamente, enquanto aqueles "boêmios" saudosistas (assim como eu), vão sendo extintos.

          Sei que desta vida não levo, 
          nem riquezas e nem vaidades;
          por esse motivo eu escrevo,
          estórias de amor e saudades. 

          Aproveitando o ensejo, vou recordar um fato antigo, daquela saudosa e romântica Boemia.  Até as músicas daquela época, eram características desse comportamento boêmio, e os seus criadores (compositores) também já se foram, obedecendo à lei maior desta nossa vida.  Como exemplo, Vicente Celestino (O Ébrio), e o compositor Cândido das Neves, autor da música "Noite cheia de estrelas", interpretada por diversos cantores antigos.  Vejam que lindos versos:

         Noite alta, céu risonho,
          a quietude é quase um sonho
         o luar cai sobre a mata
         qual uma chuva de prata
          de raríssimo esplendor
          Só tu dormes, não escutas, 
         o teu cantor
          revelando à lua airosa
          a história dolorosa
          desse amor. 

         Portanto, isoladamente ou entre amigos, a Boemia é uma forma sonhadora de vida, sem preocupações mais sérias.  Mas, a efervescência da vida noturna das cidades em torno de bares e boates, é também de forma enganosa, chamada de "Boemia".  Um conceito desvirtuado, para atender àqueles boêmios desregrados, gandaieiros, ou também àqueles que buscam esses lugares esporadicamente, por curiosidade apenas. (Um ócio). 

          Vou falar agora sobre um tempo que já passou, onde essa "Boemia" era um verdadeiro "happening", isto é, um período que marcou época nesses redutos de homens e mulheres amantes da vida noturna.  Acredito que ainda hoje existe esse aglomerado de gente  (notívagos), principalmente nas grandes cidades, mas aquele cenário antigo era bastante audacioso (não sei se mais ou menos do que hoje). 
Rua Aurora
          Em São Paulo (capital) por exemplo, a rua Aurora era chamada "boca do lixo", ou seja, o lugar onde reinava um verdadeiro "rendez vous".  Na rua Aurora, os cinemas exibiam filmes e também números de "strip tease".  No entorno dessa rua, havia inúmeras boates, casas de shows e hotéis voltados para o erotismo, para a libertinagem e a luxúria.  (Creio que ainda existem hoje).

          Numa boate as bebidas,
          rolam pelo salão,
          onde mulheres perdidas, 
          disputam meu coração.

          Citei apenas um exemplo, expondo o que havia de mais sedutor ou audacioso nesse lugar específico, mas na verdade há "boemias e boemias".

          No Rio de Janeiro, além desses recintos lascivos, existe também um lugar muito "fino", que é a conhecidíssima Confeitaria Colombo, onde a sua arquitetura é um verdadeiro patrimônio histórico da cidade do Rio de Janeiro. 

          Esse local, bem no centro do Rio (rua Gonçalves Dias), é um Restaurante frequentado por executivos, turistas, e outrora era muito frequentado por artistas da TV e do Teatro (exemplos:  a cantora e vedete Virgínia Lane, a atriz e humorista Dercy Gonçalves, e tantos outros.)  O estilo do local, preservado até hoje, simboliza o período da "Belle Époque" (1871 - 1914), local onde se reuniam pessoas, "high society" da época, além de músicos e compositores de canções famosas, conhecidas até hoje.  A Confeitria Colombo não deixa de ser um local de referência da boemia antiga, mas comportada. 
Confeitaria Colombo

          O conceito moderno de Boemia, está intimamente ligado à vida noturna, e até aqui, mencionei apenas duas cidades (Rio e São Paulo), onde essas casas de shows, boates, danceterias e similares, existem em grandes quantidades.  Todavia essas "casas" existem em todos os lugares, principalmente nas grandes cidades, tanto aqui no Brasil como em muitos países: Estados Unidos, França (cabaré Moulin Rouge), etc. 

         Os estilos são os mais variados, isto é, podem ser luxuosos ou não;  lascivos ou não.  Em Manaus (AM), existe uma casa noturna no meio de uma "floresta", chamada Boate Selvagem, uma danceteria com enorme salão de dança, frequentada cem por cento por mulheres de "programas" (mulheres de todas as idades).  Essa boate é muito procurada pelos homens, logicamente (Uma boa dica para quem se interessar). Vejam:
Guilherme Köhn
          Todavia, prazer sexual mediante pagamento, nos remete à tentação, ao pecado e à promiscuidade.  E, uma mulher honesta, em busca de um parceiro, não gosta de homem demasiado experiente nesse particular.  Além disso, ir para a cama com toda espécie de mulheres, é pouco higiênico, tanto do pondo de vista físico e também moral.  Acho que todos nós, temos uma missão divina neste mundo, e desejamos o melhor para nós mesmos.  Trata-se de algo que devemos pensar, e mudar o nosso comportamento, se for o caso. Por esse motivo, o comportamento "boêmio", tende a desaparecer.  Uma questão de conscientização. Desengane-se a rapaziada, e ADEUS BOEMIA.

          


ODALISCAS


Dançarinas

          Odalisca, palavra aportuguesada, é de origem turca, e designava as escravas compradas ou raptadas, naqueles tempos antes de Cristo, para servir ao sultão, imperador dos turcos.  Elas eram treinadas para servirem como criadas, e eram também ensinadas a dançar, tal como podemos ver no cinema, naqueles filmes épicos, como: "As mil e uma noites", "O califa de Bagdá",  "Atila, o Rei dos Hunos, entre outros. 


          Os tempos antigos foram marcados por muitas guerras, e essas Odaliscas normalmente eram espólios de guerra, e serviam às esposas do sultão, poligâmico, e se fossem bonitas, poderiam também satisfazer sexualmente ao sultão. 


          A poligamia era muito comum na antiguidade, porém não existe mais hoje em dia, a não ser em alguma região da Arábia Saudita, afinal, não deve ser nada barato sustentar um grupo de mulheres com riqueza, "pompa e circunstância".

          Hoje em dia, existe a dança do ventre, que é uma arte que deriva dessas Odaliscas, mas é praticada apenas como entretenimento em vários países de culturas diferentes da nossa cultura brasileira.  É possível, no entanto, que essa arte possa ser exibida em algumas peças de teatro aqui no Brasil, ou até mesmo em novelas de televisão. 

          A "Odalisca" no Brasil, era comum nas fantasias de Carnaval, utilizando de uma criatividade livre, mas tudo hoje em dia vai se transformando e quase já não se vê essa alegoria típica.  No Carnaval antigo, era muito comum essa fantasia de Odalisca, como nos tempos da marchinha da saudosa Virgínia Lane:

          Dinheiro é bom
          Bebida também é
          Tudo é bom mas
          bom mesmo é mulher.
          Você pode passar sem comer
          Você pode passar sem café
          Você pode passar sem beber
         Mas não pode passar sem mulher. 

          A palavra "Odalisca", está desaparecendo pouco a pouco do nosso vocabulário, mas ainda podemos utiliza-la como simples "metáfora" para tipificar um gracejo dirigido a uma mulher bonita.  Mulheres bonitas, brasileiras, estas sim existem e estão em alta, não estão desaparecendo como a sua expressão de retórica. 

          "O erotismo é uma das bases do conhecimento de nós próprios, tão indispensável como a poesia. Toda Mulher tem magia dentro de si". (Hevelyn Villani).

Vejam agora, uma lembrança da Virgínia Lane (Carnaval antigo):

          
         

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