Ultimamente, tenho recebido através das redes sociais, vídeos e imagens que enaltecem fatos que aconteceram há muitos anos, e que já não existem ou não se veem mais. Uma nostalgia produzida por lembranças de objetos, entretenimentos ou brincadeiras daqueles momentos vividos quando éramos crianças, e tudo isso só nos causa um saudosismo de tempos felizes.
O saudosismo, não tem significado negativo, mas apenas uma saudade daquele tempo que não volta mais. "Eu era feliz e não sabia, quanta travessura que eu fazia..." Será que antigamente era tudo melhor mesmo? Por que tudo acabou? Será que este sentimento se repetirá nas gerações futuras? Para nossos filhos e netos? São perguntas difíceis de responder, afinal, a mentalidade de hoje é bem diferente daquela época. Os interesses de ontem, já não valem mais para os jovens de hoje.
Destarte, feliz ou não, sigo em frente, comentando alguns fragmentos de diversificadas lembranças para nossa apreciação:
O CINEMA
O Cinema, já foi considerado a 8ª maravilha do mundo, e não deixa de ser uma boa lembrança. Observem alguns filmes que marcaram época. Quem não se lembra?
- Bem-Hur (Com Charlton Heston);
- Quo Vadis (Robert Taylor e Deborah Keer);
- Tarzan e o Tesouro Secreto (Johny Weismuller);
- Lawrence da Arábia (com Omar Sharif e Anthony Quinn);
- Durango Kid (faroeste com Charles Starret);
- Cleópatra (Elizabeth Taylor);
O cinema era o entretenimento preferido das pessoas. Uma máquina projetava filmes em uma sala de exibição com direito a pipocas e tudo o mais. Era tudo muito gostoso e diferente de hoje. Atualmente, temos até salas de cinema que projetam filmes com tecnologia digital, mas para falar a verdade, nem sei explicar como isso funciona. O cinema tradicional já passou por tantas inovações tecnológicas que, em decorrência, perdeu o seu "glamour".
Hoje existe o conhecido "Net Flix". i, servo~p por assinatura, que conta com milhares de filmes e séries de TV que podem ser acessados através de várias plataformas, como notebooks, tablets, smartphones, e claro, pela TV. Mas nem assim, esses filmes modernos fazem tanto sucesso.
Aqueles filmes antigos, "Épicos", de "Aventuras", "Dramas", etc. podem ser adquiridos no comércio através de DVDs, ou até mesmo "baixados" e assistidos em nosso PC (downloads). Por falar nisso, eu mesmo tenho uma coleção de filmes antigos em DVD para assistir tranquilamente em meu "home theater" no conforto da minha casa, e assim matar a saudade dos meus tempos de cinéfilo.
PROPAGANDAS
01 - Cigarrinho de chocolate PAN:
Lá pelos anos 50 e 60, a tradicional fábrica de doces PAN, resolveu lançar um produto que dava às crianças, uma oportunidade de imitar os adultos, ou seja, "fumar um cigarrinho", mas de chocolate. Naquele tempo era comum, muita gente fumava. Era elegante e dava status. Mas, hoje em dia isto seria considerado nefasto e absurdo! Vemos aí, uma consciência moderna positiva (proibitiva do cigarro) em relação ao "happening" do vício, de antigamente.
02 - Cigarros Continental:
"Continental, uma preferência nacional". Era assim que a propaganda estimulava esse vício hoje considerado prejudicial à saúde e de consumo abominável e desestimulado por todos os meios. Vale aqui esse alerta, cigarro nenhum deve ser motivo de nostalgia saudosista. Se puder, "delete" essa lembrança da sua mente.
03 - Revistinha do Brucutu:
Para as crianças e até para os adulktos daqueles "anos dourados", era um deleite ler Brucutu, o homem das cavernas, que vivia numa Comunidade chamada REINADO DE MU, juntamente com um personagem chamado REI GUS e sua esposa ULLA, além de outro personagem conhecido como "O Grande Sabichão", que era um médico pré-histórico (curandeiro), e que fazia de tudo: desde extrair um dente com uma machadada, a curar um calo no pé mediante uma beberagem; remédio esse que, ou curava ou piorava de vez o pé do cobaia. Era divertido ler "As Aventuras de Brucutu".
04 - O Sugismundo:
Esse personagem, o Sugismundo, fez sucesso na década de 70, numa campanha de limpeza promovida pelo governo militar na época: "Povo desenvolvido é povo limpo". Campanha essa que estimulava as pessoas a não jogar lixo na rua. Esse comportamento (educação) ainda vale até hoje, embora não se faça mais campanha.
05 - Gillette Platinum Plus:
Essa também é uma propaganda histórica dos anos 70, a qual mostrava um homem sendo assediado por uma mulher loura, muito bonita, dizendo: "Experimente a minha suavidade, e depois, deixe-me se for capaz". A propaganda fazia alusão ao uso da Gillette Platinum Plus. Hoje, essa gilete caiu no esquecimento, e foi substituida por outros produtos descartáveis. Mas essa Gillette Plus de antigamente, sem dúvida era boa mesmo: macia como a loira da propaganda. Quem usou, sabe disso. Saudade "dela".
OS COSTUMES
1 - Gravador de fitas cassete:
Esse gravador de fita cassete portátil, era chique demais. Era um objeto de luxo. Era comum ver pessoas dentro de um ônibus, com esse gravador a tira colo, ouvindo músicas gravadas em fita cassete e usando um fone de ouvido. Mas, o que fazer com esse objeto home em dia? Ninguém mais sofre pela sua falta. Ninguém mais quer, nem de graça. Esse "trambolho" realmente perdeu a graça e a validade.
2 - Mimeógrafo:
Esse aparato era chamado de !Cachacinha", porque funcionava com álcool. Nos velhos tempos antes do surgimento das máquinas "Xerox" ou de nossas impressoras jato de tinta, esse aparato, o mimeografo, era um instrumento para fazer cópias de papel a partir de uma folha de reprodução chamada estêncil. Hoje em dia, ninguém mais faz uso desse mimeógrafo que já foi indispensável principalmente nas escolas. Não se fabrica mais mimeógrafos, superados que foram pela modernidade. Esse aparato nem mesmo deixou saudades, e a qualidade das cópias era horrível.
3 - Calças boca de sino:
Essa moda, era o "hit" na década de 60, 70. O modelo de calça era bem justo no quadril e nas coxas, e depois abria aquele bocão a partir dos joelhos. Os anos 70 foram marcados pela juventude em busca da liberdade; na música, nos estilos da moda, nos movimentos Hippie, etc. "Eu me lembro com saudade, o tempo que passou...", como diz o cantor Roberto Carlos em uma de suas músicas.
Hoje, ainda me consolo com as músicas daquele tempo, porque não existem mais boas músicas nesta era moderna, ou então sou eu que me encontro desatualizado e podem me chamar de Demodê, Cafona, Antiquado ou Obsoleto. Não me importo, mas os jovens de hoje, "ipso facto" não sabem o que perderam, e não sabem o que é música de verdade. (É o que eu penso).
4 - Boko Moko - Guaraná Antártica:
Boko Moko, era uma gíria que se usava antigamente para escarnecer ou apenas zombar de quem não tinha aderido ainda a algum costume, como por exemplo, ao uso das calças boca de sino, ou então a uma bebida gostosa como o guaraná Antártica. Uma gíria que nunca achei graça. Hoje não se usa mais, e não deixou saudade. Não perdemos nada.
5 - Admissão ao Ginásio:
Essa lembrança, pertence ao clube dos "entas". Serve para rememorar uma passagem saudosa da nossa vida. Naquele tempo, era assim: você fazia o curso primário, e depois entrava num cursinho chamado "Admissão ao Ginásio". Uma espécie de vestibular preparatório para ingressar na 1ª Série ginasial. Mas hoje, é tudo diferente. As nomenclaturas do Ministério da Educação, são outras. Não sei dizer se é melhor do que antes. Só sei que tenho saudades.
FINALIZANDO
Eu admiro muitos aspectos do nosso passado. Sou um saudosista confesso. Mas há quem diga: "Quem vive de passado é museu". Eu concordo, mas tudo depende do sentido em que estamos sendo saudosistas. Pode ser em um sentido literário (textos maravilhosos de autores antigos), ou pode ser até mesmo numa relação do homem para com Deus.
Minha experiência espiritual por exemplo, é muito mais sólida hoje do que há muitos anos passados. Mas foi lá, naquele tempo passado que eu tive a minha "iniciação" cristã. Por isso tenho saudade dos meus antigos professores e externo a minha gratidão a todos eles. Era um tempo em que a religião era matéria obrigatória nas escolas. Uma lástima, a sua extinção.
"Portanto, meus irmãos, a quem amo e de quem tenho saudade, vocês que são a minha alegria e a minha coroa, permaneçam assim firmes no Senhor, ó amados!" (Filipenses, 4:1).
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