NA VIDA E NA MORTE

Eu sempre gosto de refletir e escrever sobre a vida (a nossa vida), mas nesta oportunidade vou falar sobre a morte. Não é para assustar, é apenas uma "prosa em céu aberto", tranquilo, para abrir o coração e desfazer o que parece misterioso. Por que não, despojar aquilo que a gente disfarça dizendo, "abotoar o paletó", ou então, "bater as botas"? Quem não conhece essas expressões idiomáticas que significam "morrer"? Então vamos observar tranquilamente, o que parece confuso.

Existem mortes tranquilas e mortes violentas. Morrem os velhinhos e morrem também as crianças e jovens. Existem pessoas que fogem de falar sobre este assunto. Mas não há porque, afinal a morte e o nosso desfecho natural! Eu sempre digo em momentos oportunos: eu comecei a morrer desde o dia em que nasci. Já vi pessoas serenas diante de um familiar falecido. Por outro lado, também já vi pessoas encenando uma tragédia e um desespero, diante de um falecimento.

Para melhor compreender esta fatalidade é preciso aceitar que a morte é normal e necessária. "Não somos seres humanos vivendo uma experiência espiritual, somos seres espirituais vivendo uma experiência humana" (palavras de Wayne W. Dayer, psicoterapeuta americano). A nossa fé cristã nos ensina que a morte é o caminho da evolução da criatura humana. Na verdade, não há morte, mas sim uma mudança de moradia. Jesus dizia uma frase muito bonita: "Há muitas moradias na casa do meu pai"

Certa vez, fui a um velório de uma pessoa conhecida. \nesses momentos, a nossa presença faz diferença para a família do falecido. Também estava lá, uma freira que disse algumas palavras de conforto à família. Ela disse o seguinte: "morrer, é igual ao nascer. Quando ainda estávamos em nosso mundo espiritual (na casa do Pai Celestial), não queríamos nascer neste mundo que agora estamos para nosso devido aprendizado. E agora, também não queremos voltar para nossa moradia eterna, mas é necessário de acordo com as leis da vida". Um inteligente comentário da freira.

Quando lemos a Bíblia, encontramos muitos aforismos, ou seja, um significado em poucas palavras. Às vezes não entendemos muito bem esse pensamento simplificado, mas não é difícil, basta uma atenção, um raciocínio. Por exemplo: no Sermão da Montanha, entre outros ensinamentos, disse Jesus: "Bem-aventurados os puros de coração, pois verão a Deus" (Mateus, cpítulo 5).

Observem, que "puros de coração", somos nós, cristãos que acreditamos em Deus e procuramos seguir o que manda a nossa fé. "Ver a Deus", não significa vê-lo no sentido físico, pois sabemos que Deus não tem forma corpórea. Ver a Deus, no sentido bíblico, significa sentí-lo em nós mesmo, ou seja, uma percepção espiritual e até mesmo suas bênçãos. Isto só é possível quando somos tementes a Deus. Tementes também não significa "medo", mas sim obedecer a Deus. Deus estará sempre junto conosco em todos os momentos da nossa vida, se assim o "praticarmos". (Rezar com fé).

FINALIZANDO: é difícil viver neste mundo e não se apegar às coisas materiais; até mesmo em detrimento da nossa fé cristã. Mas a Bíblia nos alerta que nada trouxemos para este mundo e nesta terra nada nos pertence, nem sequer o nosso próprio corpo. Assim pois, tenhamos Deus sempre conosco, NA VIDA E NA MORTE.