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PENÉPOLE


A Tela de Penépole

          Estórias da Mitologia Grega, datam de centenas de anos antes de Cristo.  São as estórias dos deuses míticos, das batalhas, dos monstros e seus significados ocultos.  Na verdade, a mitologia grega é uma chave para que possamos entender o nosso mundo moderno, onde essas estórias antigas se repetem em outros contextos, em outras proporções.


          Hoje em dia, usamos termos modernos para significar aquilo que os gregos já conheciam, mas transformavam tudo em mitos.  Por exemplo, a expressão: "A Tela de Penépole", embora pouco usada, significa obras que estão sendo feitas mas nunca terminam...   Temos muitas "telas de Penépole" por todo o nosso Brasil, como por exemplo, o Trem-bala da Dilma (Campinas x Rio de Janeiro), que nunca saiu do papel;  a ferrovia Trans nordestina, inacabada, cuja conclusão se arrasta há mais de 10 anos;  e assim tantos outros exemplos.

          Penépole, também simboliza honestidade, e exemplo de fidelidade.  É preciso relembrar essa interessante estória de Penépole, segundo a mitologia grega, para que possamos entender melhor e fazer uma analogia com as nossas próprias estórias.  Vamos então resumir essa narrativa:

          ... Penépole, era esposa de Odisseu (herói grego na Guerra de Troia).  Era também a rainha de Ítaca, uma das ilhas gregas.  Ela teve um filho com Odisseu, chamado Telêmaco.  Este nasceu pouco antes do pai ser chamado para lutar na Guerra de Troia, entre Grécia e Turquia, ou se preferirem, entre gregos e troianos. 

          Quando seu marido foi para a guerra, Penépole ficou muitos anos sem ter notícias dele, e portanto não sabia se ele estaria vivo ou morto.  Sendo assim, o pai de Penépole sugeriu à sua filha que se casasse novamente, mas ela rechaçava essa ideia, preferindo esperar pela volta de Odisseu (seu marido).

          Mas, devido a insistência do pai, e para não contraria-lo, ela estabeleceu uma condição:  ela aceitaria um novo casamento só depois que terminasse de tecer uma tela que daria de presente ao seu sogro.  Essa condição estabelecida por Penépole, era uma estratégia para ganhar tempo enquanto esperava pelo seu marido.

          Assim, durante o dia ela trabalhava na tecelagem, e à noite, secretamente desmanchava todo o trabalho feito.  Isso durou um bom tempo, até que sua serva descobriu o seu ardil, e contou para todos a artimanha de Penépole, a "tecelã dos enganos" ...

          Penépole impôs então outra condição para o seu matrimônio:  ela somente se casaria com o pretendente que conseguisse atirar uma flecha tal como seu marido guerreiro, campeão de arco e flecha.  Dentre vários pretendentes, apenas um conseguiu realizar a proeza. 

          E qual não foi a surpresa, quando o vencedor do desafio foi o próprio marido de Penépole, que disfarçado de camponês, pôde comprovar a fidelidade de sua esposa ante a insistência do sogro e dos pretendentes.  Essa estória portanto, teve um final "FELIZ".  Vamos refletir.

Finalizando, uma Tela de Penépole:


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