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FILOLOGIA E LINGUÍSTICA


Linguística

          Filologia, é o estudo de uma língua, no caso, a nossa língua portuguesa.  Trata-se de um estudo aprofundado, mais apropriadamente para as Universidades ou Faculdades de Filosofia e Letras.  Mas não vou de maneira alguma aprofundar-me nesse conceito, até porque não versado nessa disciplina, a filologia.  No entanto, as ideias sobre as quais vou comentar neste trabalho, decorrem da Linguística (estudo da nossa linguagem), que por sua vez decorre da filologia. 


          Basicamente, este simples trabalho linguístico é uma confissão de amor:  amo a língua portuguesa.  A língua portuguesa é para mim um desafio, eu gosto de me deparar com dúvidas linguísticas e desvenda-las.  Acho que todas aquelas pessoas que se dedicam a escrever, se apaixonam pela língua, seja ela qual for, mas a língua portuguesa é a mais bela de todas. 

          Meu objetivo no momento, é falar sobre várias expressões idiomáticas, aquelas chamadas "frases feitas",  "ditos populares",  "gíria",  etc.  Todos esses assuntos fazem parte da nossa língua portuguesa, e agradam até mesmo aqueles que fazem da erudição linguística sua ferramenta de trabalho.  Então, "mãos à obra".

FRASES FEITAS:
          É muito comum, em nossas conversas, proferirmos uma "frase feita" que, em sendo oportuna, encaixa-se perfeitamente em nossa conversa.  Vejam exemplos:

  • "eta mundo velho sem porteira..."
  • "um pé lá e outro cá..."
  • "ter as costas largas..."
  • "Maria vai com as outras..."
  • "de cabo a rabo..."
  • "fazer de gato e sapato..."
  • "vira-casaca..."
  • "pau para toda obra..."
  • "ele é um pé de boi para trabalhar..."
  • "tudo que cai na rede é peixe..."
  • "para o que der e vier..."
  • "podre de rico..."
  • "levantar com o pé direito..."
  • "tirar o chapéu..."
  • "ver com os olhos e lamber com a testa..."
          Quem não conhece essas expressões e tantas outras mais?  Não se sabe quem as inventou, mas não importa, o fato é que se encaixam muito bem em nossas conversas conforme o assunto. 

DITOS POPULARES:
          Muito parecido com as "frases feitas", os ditos populares têm todavia, suas peculiaridades: são sentenças consagradas; não são consideradas como "frases feitas".  Vamos aos exemplos:

  • "Filhote de onça é lindo, mas tem pinta igual a mãe."
  • "Feliz, como pinto no lixo."
  • "Cautela e caldo de galinha não faz mal a ninguém."
  • "Correndo igual barata no galinheiro."
          Uma característica desses "ditos populares", é que sempre denotam uma comparação.  Existem outros exemplos, mas no momento não me recordo.

EXPRESSÕES IDIOMÁTICAS:
          Neste caso, existem certas expressões, que também são semelhantes ao conceito de "frases feitas",  ou  "ditos populares", ou talvez até se confundam, mas eu faço questão de cataloga-las separadamente, para melhor entendimento.  Exemplos:

  • "O que tem a ver a cueca com as calças?"
  • "O que tem a ver o urubu com o luto da Maria?"
  • "O que tem a ver a água do joelho com a seca do Ceará?"
As expressões acima, mais se aproximam da gíria, algumas até ofensivas, mas existem outras, tais como:

  • "Acabar tudo em pizza."
  • "Água que o passarinho não bebe."
  • "Advogado do diabo."
  • "Ao pé da letra."
Enfim, expressões idiomáticas são muito comuns, e dispensam maiores comentários. 

XINGAMENTOS:
          Estes sim, podemos considerar como "frases feitas", porém entendemos que o seu emprego é para provocar ódio, raiva ou rancor, como nestes exemplos:

  • "Vá para o inferno!"
  • "Vá para o diabo que te carregue!"
  • "Raio que o parta!"
  • "Cale a boca!"
  • "Vai a PQP!"
  • "Vai amolar a tua vó!"
  • "Miserável! FDP!"
Deve haver outros xingamentos, até mais ofensivos, porém a nossa boa educação não recomenda o seu uso.  "A educação é uma moeda de ouro.  Em todo lugar tem valor."

PARA-CHOQUE DE CAMINHÕES:
          Os caminhoneiros, são muito criativos em frases filosóficas, religiosas, irreverentes, mas todas de um modo geral, são alegres.  Uma verdadeira sabença, de norte a sul deste nosso imenso Brasil.  Existem muitas e muitas frases de para-choques de caminhões.  Eis algumas das mais observadas:

  • "Eu sou careca, mas os pneus não"
  • "Duas coisas não se emprestam: mulher e bateria.  Uma volta cheia e a outra vazia"
  • "No Céu só entra quem pode, na Terra só vale quem tem"
  • "Mulher é como estrada, quando é boa é perigosa"
  • "Não sou pipoca, mas dou meus pulinhos"
  • "A entrada da cidade, é o cartão de visita do Prefeito"
  • "Pela estrada é que se conhece o governo"
  • "Morena, apago os faróis e o teu fogo"
  • "Mulher sem ciúme é flor sem perfume"
  • "No meu lar ela reza por mim"
  • "Dirigido por mim, guiado por Deus"
Linguística

          


















PLACAS DE BOTEQUIM:
          Esse fraseado de botequim também pode ser adotado em quaisquer casas comerciais;  basta um toque mais caprichado para a decoração da loja.  As frases nos botecos das cidades são criativas.  Vejam só:

  • "Se vem por bem e traz dinheiro, entre que a casa é sua, mas se vem pedir fiado, é favor ficar na rua"
  • "Fiado só se faz a um bom amigo, e bom amigo não pede fiado."
  • "Não passe sem parar, não pare sem entrar, não entre sem gastar e não saia sem pagar."
  • "FIADO?  Só em dia de feriado, que o boteco está fechado."
  • "Quem vende fiado se afunda: acaba pobre e desgraçado, falando sozinho o coitado, e com as calças rasgadas na..."
A GÍRIA:
          A gíria, não significa um flagelo da linguagem.  Não.  O mal da gíria reside na sua adoção como forma permanente ou exagerada de comunicação.  Isto causa um esquecimento da língua, ou seja, um desprezo do vocabulário oficial.  Usada no momento certo, a gíria denota forte expressividade ainda que em caráter precário.  Note porém que gíria não se trata de calão (baixo linguajar).

          A gíria só é admitida na linguagem falada, e não deve ser usada na linguagem escrita, a não ser em casos muito especiais como por exemplo, na comunicação entre amigos ou familiares.  Eis algumas gírias, dentre as mais conhecidas:

  • "Um papo legal";
  • "Uma paquera legal";
  • "Essa música é brega";
  • "Vou comer um rango legal";
  • "baranga"
  • "zoeira"
  • "bagulho";
  • "Boiola";
  • "Bundão"
  • "Caraca";
          A propósito, a nossa língua falada possui também vários níveis.  Observem:

1)     Língua culta:  é a língua falada pelas pessoas cultas, instruídas.
2)   Língua coloquial:  é a nossa língua do dia-a-dia, descontraída, com bastante liberdade de expressões. 

3)   Língua vulgar:   é a língua dos analfabetos, ou cheia de erros e vícios, como por exemplo:  "A gente cheguemos",  "Vamo trabaiá",  "Eu tinha chego",  "A gente fomos",  "A gente perdemos o trem",  "Eu tinha trago",  etc.

4)   Língua Regional:  é aquela língua característica em diferentes regiões do país. Exemplos:
  • "Vige!  O cabra ficou retado"  (Nordeste);
  • "Tu já pediu a guria em casório, tchê?"  (Sul)
  • "Uai, sô"  (Sudeste, Minas Gerais);
  • "Abiscoitar"  (Centro Oeste, significa ganhar dinheiro);
5)  Língua grupal:  é a língua característica das profissões, dos policiais, jornalistas, militares, bandidos, traficantes, etc. (são modos de falar que só as pessoas desses grupos entendem.)

CONCLUSÃO:

          Convém ressaltar que ninguém erra usando este ou aquele nível; o importante é conhecer e usar as expressões corretamente e no momento certo do uso da língua.  Finalmente, as ideias aqui apresentadas, não pretendem esgotar este assunto tão extenso, relativo à nossa linguagem (Linguística).  O que eu desejo, é que este modesto trabalho sirva de um incentivo, ou então uma recreação para o nosso intelecto. 

          Destarte, algumas "frases filosóficas", interessantes, de autores desconhecidos:
"A vida é como a matemática.  Se tá fácil, tá errado"
"O amor não é essa coisa que tantos falam.  É essa coisa que poucos praticam"
"Se fazer de burro às vezes, é a coisa mais inteligente a ser feita"
"Nem todo o mundo que você considera, vai ter a mesma consideração por você.  Aprenda isso"

Agora, vamos refletir:
          Escrever é preciso.  A tecnologia ajuda, mas não pode criar ideias por si própria:  o computador precisa estar conectado à energia elétrica para funcionar, e a nossa inspiração (um dom divino), precisa estar conectada com a nossa fonte, que é Deus.
Filologia

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