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JUVENTUDE TRESLOUCADA


Ultrajovens

          Na década de 50, falava-se muito em "Juventude Transviada".  Os mais antigos, devem se lembrar disso.  "Juventude Transviada", também foi tema de um filme americano (título em português), com James Dean, contando a estória de um jovem problemático que se junta a uma gangue de desordeiros.  Baseado em fatos reaais, o filme retrata a rebeldia da juventude daquela época.  A palavra transviada, era usada para definir aqueles jovens que não obedeciam aos padrões vigentes do comportamento, principalmente em relação ao sexo oposto. 


          Hoje, em pleno século XXI, essa Juventude Transviada ainda existe, mas mudou de nome e de comportamento.  Hoje, esses jovens são chamados de "Ultrajovens", nome este que não passa de um eufemismo, ou seja, uma figura que consiste no abrandamento de uma expressão de sentido desagradável.  O comportamento desses "ultrajovens" difere (em alguns aspectos), dos seus antecessores da década de 50, mas continua lamentável e abominável.

          Recentemente, a revista Época trouxe uma matéria sobre esses jovens moderninhos porém vazios de mente e de alma.  Inclusive a capa da revista traz uma foto muito sugestiva:  uma jovem protegida por uma cortina plástica transparente feita de bolhas de ar... O que significa essa figura metafórica de bolhas que "protegem" a moça?  Nada mais que uma cortina simbolizando a ignorância e o vazio da pobre moça.  É o que dá a entender, depois de ler a matéria. 

Algumas características desses Ultrajovens, segundo a revista Época:

1)  Jovens crescem acreditando que o salário é uma benevolência do empregador, e não uma função da produtividade e da sua disposição de assumir riscos. 

2)  Em decorrência, creem que o fato de não conseguirem comprar coisas é porque as empresas não querem dar remunerações altas, quando na realidade é que nossos jovens são menos capacitados. 

3)  O adolescente que se formou no ensino médio sem saber a tabuada, e nem consegue interpretar um artigo acadêmico, não tem outra chance na vida a não ser fazer vestibular de Ciências Sociais ou Pedagogia, ou qualquer outra coisa do tipo.  Enquanto que lá nos EUA ou Europa o que predomina é engenharia, management ou tecnologia.

4)  Em decorrência, estaremos saturados de profissões de um mesmo perfil, ou seja, ciências humanas. Nosso país, que não produz tecnologia, estará repleto de sociólogos e pedagogos. 

5)  Para os Ultrajovens, "Outfit" significa a vestimenta da pessoa, o visual, o look.  Isso é a coisa mais débil mental que já inventaram.  Basta ver um vídeo que viralizou entre os jovens abastados.  Intitulado "Quanto custa o outfit", o vídeo entrevista jovens que falam sobre o valor das suas peças de vestuário.  Entre cintos e outros objetos, relógios que valem mais do que um carro.  Adolescentes glorificam a ostentação mesmo sem possuírem uma condição econômica que sustente esse estilo de vida.  Não sabem conjugar um verbo, mas usam pulseiras de 4 mil reais para ir à balada. 

6)  Lá no primeiro mundo, os jovens só pensam em produzir.  Produção gera riqueza, gera igualdade, reduz a violência, além de outras vantagens.  Por aqui, os ultrajovens estão preocupados em tirar selfies e engajar em lutas contra os canudinhos, enquanto espera que os políticos esquerdistas os sustentem por toda a vida. 

7)  A principal distinção dos ultrajovens é a necessidade de estar conectado o tempo todo.  Smartphones são sua porta de acesso ao mundo;  metade dos jovens não vão ao banheiro sem seus celulares.  42%  deles afirmam que deixariam de ir à academia se não pudessem leva-lo. 

8)  No ranking das mil empresas que mais investem em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) no mundo, de acordo com uma consultoria internacional, o Brasil tem apenas um representante isolado: a Petrobrás, e ocupa a 277ª posição (ducentésima septuagésima sétima).  A lista é amplamente dominada pelos Estados Unidos, e a liderança é da Microsoft.  Em seguida vem a Europa e o Japão. 

9)  Por outro lado, também não basta saber ciências exatas.  É preciso conhecer e escrever corretamente a norma culta da língua que fala. 

10)  Lamentavelmente ainda nos  deparamos com jovens que possuem olhares míopes, não conseguindo entender aquilo que leem.  Parece-nos que são frutos de ideologias políticas alienantes, valendo-se de um falido jargão da nocividade do sistema capitalista. 
Juventude Transviada

  

UM MAU EXEMPLO REAL:

          Vou contar um episódio ocorrido há pouco, envolvendo essa "tribo" de Ultrajovens brasileiros.  Esse episódio, foi narrado por um jornalista Rio-grandense, e publicado no Jornal da Copa em 06/julho/2018.  Vou transcrever praticamente na íntegra, o artigo de autoria desse jornalista, chamado David Coimbra, retratando um infeliz exemplo de cidadania praticado por alguns jovens brasileiros na Rússia, durante o evento da Copa do Mundo 2018.  Vamos pois ao texto:

          ..."O brasileiro sabe ser idiota.  Ontem, fomos jantar em um restaurante no centro de Kazan, e oito brasileiros se instalaram em uma mesa ao lado da nossa.  Eram rapazes fortinhos, de bermudas, e alguns com tatuagem nos braços ou nas panturrilhas, com camisas da Seleção e do Palmeiras.  Instalaram-se, pediram comida e refrigerantes. 

          Um deles, sacou de uma bolsa uma caixa de som, e ligou a música em alto volume.  Os brasileiros começaram a cantar.  Os clientes das outras mesas olhavam perplexos.  Havia mais brasileiros ali no restaurante, e também estavam gostando da coisa.  Mas os estrangeiros, perceptivamente, não!  O restaurante já tinha música ambiente.  Alguém aumentou o volume da música do restaurante, certamente para constranger os brasileiros. 

          Mas a maior qualidade do chato é ser inconstrangível;  e sempre acha que está agradando.  Como reação, os brasileiros aumentaram ainda mais o volume da música, e quem ficou constrangido foi o pessoal do restaurante, que desligou o som ambiente.  Agora, os brasileiros sentiam-se donos do lugar.  Começaram a cantar músicas da torcida> ôôôÔÔÔ, cinquenta foi Pelé... E subiram nas cadeiras!  Um deles tirou a camisa e começou a pular.  E algumas garotas brasileiras que estavam em mesas próximas, levantaram-se e cantaram e pularam também. 

          As garçonetes não sabiam o que fazer.  Pediam que os brasileirois descessem das cadeiras, mas eles não atendiam.  Seguiam cantando aos gritos: "Noventa e quatro Romariô"...  Felizmente minha conta veio.  Saí do restaurante, e ganhei a rua, aliviado.  Caminhei por um calçadão rumo ao meu hotel, e no trajeto, encontrei mais brasileiros.  Eles gritavam, cantavam e faziam batucadas.  Até aí tudo bem, mas alguns, quando viam jovens russas, simplesmente as atacavam.  Essa é a palavra:  atacavam.

          Eles cercavam as meninas e investiam sobre elas.  Primeiro, as russas riam, pensando que era só uma brincadeira.  Mas, diante da insistência, elas acabavam percebendo que os brasileiros queriam mesmo agarra-las ou beija-las ou sabe-se o quê, e os afastavam com as mãos, dizendo que não: Niet! Niet!  Só que eles não desistiam, ficavam em volta delas;  três, quatro, cinco homens em cima de uma ou duas meninas, até que guardas russos acudiam as moças e enxotavam os brasileiros como se fossem cachorros, e eles eram de fato uns cachorros. 

          Esses rapazes, certamente foram educados em boas escolas.  Não tem brasileiro pobre passeando na Rússia.  Eles fazem parte da elite.  Como é que podem se comportar dessa maneira?  Será que nunca tiveram um pai ou mãe para lhes ensinar que ser espaçoso é ser inconveniente?  Eles se acham alegres, se acham divertidos.  Mas são apenas grosseiros e obscenos. 

          Eis o que de melhoir sai das universidades brasileiras.  Futuros líderes, futuros governantes; o futuro do país... Nada além de refinados idiotas.  Se é dessa juventude que dependemos, nem mil Lava-Jatos salvam o Brasil". 

FINALIZANDO:

          Voltando novamente ao passado, naqueles tempos da "Juventude Transviada", que mencionei no início, o referido filme mostra, talvez até com excessos, o comportamento da juventude americana (gangues, erotismo, revoltas, etc.).  Mas no Brasil, esse comportamento não influenciou tanto assim os nossos jovens, porque os brasileiros sempre foram um povo conservador, e muitos adolescentes daquela época, tinham que trabalhar para ajudar suas famílias. 

          Mais tarde (década de 60), houve sim algumas transformações sociais, como por exemplo, a influência do verdadeiro mito Elvis Presley (Roc'n Roll), John Lennos (Beatles), mas essas transformações se resumiam na música e nos costumes (cabelos compridos para os homens, mini saias para as meninas, as gírias, etc.), nada sério que insurgisse uma contracultura mais séria.  A verdadeira transformação, esta sim, é contemporânea, desses ora cognominados Ultrajovens. 

          É importante observar porém, que esses "Ultrajovens", são apenas uma parcela minoritária da nossa juventude brasileira (assim eu creio), pois existe também jovens brasileiros de valor, de boas famílias, bem educados, e não podemos generalizar esse comportamento oriundo principalmente daquelas Universidades que infelizmente foram aparelhadas para servir a uma ideologia comunista e doutrinar esses jovens incautos. (Vejam o vídeo;)

          Não sei de onde surgiu esse pomposo nome de ultrajovens para essa juventude irresponsável.  Eu a chamaria de JUVENTUDE TRESLOUCADA, ou seja, que está fora de si, demente, alucinada (maconheiros).  Mas eu repito: nem toda a nossa juventude brasileira se enquadra nessa "tribo", tribo não sei de quê.
Juventude Transviada


      

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