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NOSSA VIDA, NOSSA PRECE


O Universo

          Às vezes, é difícil ter tranquilidade em nosso dia a dia, pois somos bombardeador 24 horas por dia, com problemas, pensamentos, circunstâncias, etc.  Às vezes, planejamos alguma coisa, mas somos desviados para outras emergências, e perdemos o nosso ritmo, a nossa rotina anteriormente programada.  Acho que para a maioria de nós, é mais ou menos assim que acontece. 


          Vamos pedir a Deus, um pouco de paz.  Nosso corpo e nossa mente, precisam diminuir o ritmo, e buscar um pouco de isolamento em um quarto da nossa casa, para uma meditação (precisamos disso em nossa vida diária.)  É preciso organização, ou seja, organizar nossa própria vida. O Universo, é rigorosamente organizado, pois é regido por uma lei estabelecida por Deus, desde o momento da criação: "A ordem é a primeira lei celestial"  (Corintios 14:33).  Se não fosse por força dessa lei energética e magnética, o Universo seria um caos.

          Assim também deve ser a nossa vida; harmoniosamente organizada, com momentos reservados para uma prece, uma meditação, como fazem os monges budistas.  Mas, como praticar essa meditação?  Não precisa ser exatamente como fazem os monges budistas, porque eles têm sua técnica própria, com exercícios de respiração, etc. 

          Para nós, aqui do ocidente (ou de qualquer parte do mundo), é bem simples:  precisamos de um momento de isolamento e concentração.  Podemos iniciar com uma prece qualquer, do nosso conhecimento, apenas para nos acalmar, e depois, podemos fazer uma reflexão sobre um texto bíblico à nossa escolha, para enriquecer o nosso espírito, e a nossa vida prática.

          É bom ler a Bíblia, esse livro inspirado por Deus, que detém a maior sabedoria do mundo. Acontece que a Bíblia é escrita em códigos, parábolas, símbolos e enigmas que nem todos conseguem ler e interpretar o que está oculto naquelas palavras.  É preciso uma ajuda.  Para isso, existem livros auxiliares de autores idôneos (como por exemplo, Emmet Fox, um iluminado escritor), e outros religiosos que estudam com profundidade os textos bíblicos, e os interpretam em uma linguagem clara e acessível a qualquer um de nós. 

          Particularmente, gosto de ler esses livros auxiliares, e depois conferir a sua explanação diretamente na Bíblia.  Assim, vou aprendendo aos poucos e me apaixonando pelo nosso livro sagrado.  Assim deve ser a nossa meditação, aspreciando aquelas passagens ou textos bíblicos que nos agradam.  Essa prática nos causa um bem incalculável;  nos proporciona uma clareza de pensamento e segurança em nossos propósitos.  Podemos refletir sobre ensinamentos do antigo ou do novo testamento.  Quem assim o faz, adquire equilíbrio espiritual.  Mente sã, em corpo são. 
Fé Cristã

          "Memento, homo, quia pulvis est in puloverem reverteris"  (Lembra-te Homem, que és pó e em pó te converterás): palavras do Gênese, Capitulo 3, Versículo 19.  Consta que estas palavras em latim, são ditas pelo sacerdote católico ao aplicar cinza na fronte dos fiéis, na Quarta-feira Santa, após o Carnaval. Na Bíblia, consta que Deus (o Senhor) proferiu essas palavras ao Adão, quando este foi condenado e expulso do paraiso por sua desobediência, e o Senhor Deus foi mais longe ainda na sua advertência:  "A vida inteira você vai suar para dominar a terra até o dia da sua morte."

          As palavras dessa alegoria bíblica, não passam de um alerta para que nos aproximemos de Deuso quanto antes, e nor tornemos pessoas melhores através das nossas orações, ou meditação cristã. A propósito, existe um "axioma" ou saudação esotérica, cujas palavras dizem exatamente o seguinte: "Faze o que tu queres, há de ser tudo da lei.  Amor é a lei, amor sob vontade."  Essa frase, tem alguns significados que são fáceis de compreender:

1 - Faze o que tu queres:  significa que você pode fazer o que bem entender;  tanto a favor ou contra os desígnios de Deus (praticar o bem ou o mal).

2 - Há de ser tudo da lei:  existe uma lei chamada Lei da Atração, que funciona como a lei da gravidade, isto é, incondicionalmente.  Mas aqui, os semelhantes se atraem, tanto para o bem como para o mal, e essa energia que vibramos, abstrata, retorna a nós mesmos, e na mesma frequência.  Somos responsáveis pelos atos que praticamos.  Resumindo:  "você colhe aquilo que planta", como sabiamente resume um ditado popular (antigo).

3 - Amor é a lei:  essa é a lei maior: significa que tudo que é bom, é regido por essa lei, a qual devemos observar sempre.  O próprio Deus é amor; portanto, devemos praticar Deus em nossa vida (a Lei do Amor), e seremos recompensados.

4 - Amor sob vontade:  significa que o Amor deve ser praticado com sinceridade, do fundo do nosso coração, e não de forma hipócrita, falsa, sem qualquer autenticidade, pois a Deus não se engana.  Esse ensinamento está no Evangelho de S. Mateus (5, 43-48), quando Jesus pregava para uma multidão no Sermão da Montanha. 

          Como explicar Deus?  Amor, é a energia que emana de nós, quando vibramos bons sentimentos, quando praticamos o bem, quando amamos o nosso próximo; isso é praticar Deus, pois Deus é Amor. Quando estamos raivosos ou descontentes, também vibramos uma energia que emana de nós em frequência correspondente.  Essas energias maléficas (e benéficas), são captadas pelo Universo através da Lei da Atração, já mencionada.

          Deus é um mistério, que só podemos perceber quando o experimentamos.  A energia do Universo é o próprio Deus (arquiteto do universo), é imenso, é perfeito, é infinito.  Eu poderia escrever mil palavras, mil adjetivos, mas incapaz de explicar a sua natureza.  Basta-nos saber que Deus está nos céus, e nós na terra, portanto, bastam poucas palavras para falar com Deus. NOSSA VIDA, É A NOSSA PRECE.

"Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus;  porque Deus está nos céus, e tu estás sobre a terra;  assim sejam poucas as tuas palavras"  (Eclesiastes 5:2)
Fé Cristã

O SABOR DO AMOR


Passa Quatro

          Dizem que o amor é doce.  Esta afirmação está correta.  Dizem também que a vida é amarga que nem jiló, ou seja, nem o jiló é tão amargo quanto a nossa vida.  Eu não acho que a vida seja amarga.  Pode ser para algumas pessoas, mas para mim, a vida só não é muito fácil.  Não é fácil para ninguém, de um modo geral. 


          Paradoxalmente, o amor é que direciona a nossa vida, e assim, além de ser doce, o amor tem também outros sabores:  azedo, amargo, salgado (quente, frio, gelado).  Eu já provei todos, mas cada sabor corresponde ao "modus vivendi" de cada um, ou de suas experiências amorosas. 

Neste sentido conotativo (figurado), O AMOR É:

          Doce:  quando estamos apaixonados, e sentimos a doçura dos beijos, a volúpia dos desejos contidos, o carinho dos afagos, e aquela paixão como lavas de um vulcão.  Amantes, dão-se no olhar, e não é preciso falar nada. Delícia.

          Azedo:  quando a mulher é uma chata e vive brigando com o marido.  Aquela sublimação já não existe mais.  Os beijos, não são doces como antes.   Aquela frescurinha (melação) ficou de lkado.  Mas não é de todo ruim, pois dá pra levar a vida assim mesmo.  (Mas é preciso saber:  as mulheres são loucas, e os homens são estúpidos.  E a principal razão da loucura das mulheres, é a estupidez dos homens.)

          Amargo:  é quando o casal não combina (seus signos estelares são incompatíveis); os cônjuges vivem brigando mas estão sempre juntos (às vezes).  Alguns casais, de maior poder aquisitivo, não gostam de escândalos, e se toleram um ao outro, para manter as aparências e preservar o seu patrimônio (os bens materiais).  Só Deus sabe o que há dentro dessa "Caixa de Pandora".

          Salgado:  é quando a mulher é gastadeira e só compra coisas caríssimas ou de grifes famosas (um absurdo, pura ostentação).  Sem falar naquelas operações plásticas, desnecessárias, mas que estão na moda e ela não pode ficar de fora. Não há homem que aguente por muito tempo uma mulher assim (artificial, vazia).  Na melhor das hipóteses, ele vai arranjar uma gambiarra (concubina), sem que a sua mulher saiba (mas quando ela descobre...). 

          As palavras, quente, frio ou gelado, não se trata de sabor, mas da "temperatura".  Nem é preciso comentar.  Todos sabem muito bem o que é isso. Mas o melhor de tudo não está na temperatura, e sim na "gustação":  o ideal é que o amor não seja muito doce, e nem muito azedo.  Médio.  É assim que deve ser. 

          Naturalmente que estou tratando aqui do amor regido por aquele deus grego chamado EROS, ou Cupido, simbolizando o amor romântico, amor paixão, ou até mesmo o amor platônico, isto é, à distância, que a gente não vê, não toca, não se aproxima, mas vive imaginando as boas qualidades do parceiro ou da parceira, mesmo sem a sua presença física.  (Acontece.)

          Para dizer a verdade, na minha opinião, não sei se esse amor romântico está em alta ou está em baixa, porque nesta vida moderna existe também outros tipos de amor, que podemos observar:
  • O amor ao dinheiro - pessoas que adoram um bezerro de ouro, como se dizia na antiga história bíblica: pura idolatria inescrupulosa.  Essas pessoas são capazes de tudo por dinheiro.
  • O amor à matéria - causador de muitos problemas, para aquelas pessoas materialistas.  Tem gente que tem um apego até por coisas fúteis, como panelas, televisão, etc.
  • O amor ao mundo profano - esse tipo de amor são aqueles pecados da luxúria e da inveja, previstos também na Bíblia desde a idade antiga, mas praticados até hoje. 
  • O amor próprio - é aquele amor que temos por nós mesmos.  Semelhante a um narcisismo ou pode ser entendido como "ego", de acordo com o maior ou menor grau do nosso egocentrismo.  É preciso reconhece-lo, pois esse tipo de amor (ignóbil), pode ser facilmente controlado.
  • O amor à Pátria - a meu ver, este sentimento estava em baixa nestes últimos dez anos aqui no Brasil, mas acho que vamos recuperar o patriotismo da nossa juventude.  É também um dever cívico de todos os brasileiros. (Distinto do amor romântico).
  • O amor a Deus - este sim, é o maior e mais importante de todos, é divino, e precisa também ser estimulado e praticado por todos nós; "Deus ajuda quem cedo madruga", diz um ditado caipira (é um tipo de amor que sempre será conservador.)
          Mas, voltando ao romantismo do nosso tempo, desse tempo tão mudado, eu confesso que já tive muitas aventuras amorosas e paixões desenfreadas nesta vida.  Sim, já fui um aprendiz de boêmio, desfrutando de prazeres ilusórios, e fazendo as minhas serenatas à moda antiga:

                    Levo a vida em boemia,
                    embebido em venenos fatais,
                    cantando as velhas melodias,
                    de um tempo que não volta mais.

                    Muitas mulheres me beijam, 
                    mas eu não sinto o sabor...
                    Elas dizem que me amam, 
                    amor fácil não tem valor...

          Mas eu ainda quero falar do amor!  Do amor sincero, do amor romântico, do amor fraternal. Esses amores, são aqueles em que o sentimento é forte, único e verdadeiro, e mesmo com o passar do tempo ou pela distância, jamais se apagará.  Há uma frase latina que certa vez aprendi, e jamais esqueci: "Difficele est langum Subito deponere amorem" (Difícil é esquecer um grande amor.)  Eu também já tive um grande amor no passado; paixão por uma menina linda, mas a chance de conquista-la, infelizmente eu deixei escapar, "por minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa". A lembrança desse malogrado idilio me incomodou durante muito tempo, e me inspirou este monólogo:

          ... Dentro da noite, o silêncio é tão tristonho que às vezes só, eu fico a meditar... Penso em alguém, mas não quero sonhar, pois triste eu sei, será também o meu sonho.  A madrugada é um mundo de lembranças, são as algemas da minh'alma prisioneira... E como pesam, suportar a noite inteira, as cadeias que aprisionam a esperança.  Espero então, que os raios de calor de um novo dia a despertar brilhante, possam banir do meu triste semblante, a negra noite, e a falta desse amor...

          Amor... Amor... Onde estará o meu doce amor de outrora?  De qualquer forma, agora são quimeras, e vivendo ou não entre amores desvairados, penso que chegará um momento na vida, quando cada um de nós terá que encontrar consigo mesmo, ou seja, com aquela parte espiritual que ficou esquecida.  Trata-se da nossa consciência.  Quanto tempo eu fiquei sem fazer uma oração? (Não sei.)
"O caminho do insensato aos seus próprios olhos parece reto, mas o sábio dá ouvidos aos conselhos" (Provérbios 12: 15).

          E agora, uma vez passada a minha "turbulência", eu procuro ver amão de Deus em tudo, até em meus dissabores, pois d'Ele vem o maior aprendizado para a vida (ainda que por tortuosos caminhos), razão pela qual, estou escrevendo estas palavras, conscientge dos amores humanos:  do mais egoista ao mais puro e verdadeiro.  O sentido da vida é simplesmente viver e praticar o amor...
Passa Quatro

JUVENTUDE TRESLOUCADA


Ultrajovens

          Na década de 50, falava-se muito em "Juventude Transviada".  Os mais antigos, devem se lembrar disso.  "Juventude Transviada", também foi tema de um filme americano (título em português), com James Dean, contando a estória de um jovem problemático que se junta a uma gangue de desordeiros.  Baseado em fatos reaais, o filme retrata a rebeldia da juventude daquela época.  A palavra transviada, era usada para definir aqueles jovens que não obedeciam aos padrões vigentes do comportamento, principalmente em relação ao sexo oposto. 


          Hoje, em pleno século XXI, essa Juventude Transviada ainda existe, mas mudou de nome e de comportamento.  Hoje, esses jovens são chamados de "Ultrajovens", nome este que não passa de um eufemismo, ou seja, uma figura que consiste no abrandamento de uma expressão de sentido desagradável.  O comportamento desses "ultrajovens" difere (em alguns aspectos), dos seus antecessores da década de 50, mas continua lamentável e abominável.

          Recentemente, a revista Época trouxe uma matéria sobre esses jovens moderninhos porém vazios de mente e de alma.  Inclusive a capa da revista traz uma foto muito sugestiva:  uma jovem protegida por uma cortina plástica transparente feita de bolhas de ar... O que significa essa figura metafórica de bolhas que "protegem" a moça?  Nada mais que uma cortina simbolizando a ignorância e o vazio da pobre moça.  É o que dá a entender, depois de ler a matéria. 

Algumas características desses Ultrajovens, segundo a revista Época:

1)  Jovens crescem acreditando que o salário é uma benevolência do empregador, e não uma função da produtividade e da sua disposição de assumir riscos. 

2)  Em decorrência, creem que o fato de não conseguirem comprar coisas é porque as empresas não querem dar remunerações altas, quando na realidade é que nossos jovens são menos capacitados. 

3)  O adolescente que se formou no ensino médio sem saber a tabuada, e nem consegue interpretar um artigo acadêmico, não tem outra chance na vida a não ser fazer vestibular de Ciências Sociais ou Pedagogia, ou qualquer outra coisa do tipo.  Enquanto que lá nos EUA ou Europa o que predomina é engenharia, management ou tecnologia.

4)  Em decorrência, estaremos saturados de profissões de um mesmo perfil, ou seja, ciências humanas. Nosso país, que não produz tecnologia, estará repleto de sociólogos e pedagogos. 

5)  Para os Ultrajovens, "Outfit" significa a vestimenta da pessoa, o visual, o look.  Isso é a coisa mais débil mental que já inventaram.  Basta ver um vídeo que viralizou entre os jovens abastados.  Intitulado "Quanto custa o outfit", o vídeo entrevista jovens que falam sobre o valor das suas peças de vestuário.  Entre cintos e outros objetos, relógios que valem mais do que um carro.  Adolescentes glorificam a ostentação mesmo sem possuírem uma condição econômica que sustente esse estilo de vida.  Não sabem conjugar um verbo, mas usam pulseiras de 4 mil reais para ir à balada. 

6)  Lá no primeiro mundo, os jovens só pensam em produzir.  Produção gera riqueza, gera igualdade, reduz a violência, além de outras vantagens.  Por aqui, os ultrajovens estão preocupados em tirar selfies e engajar em lutas contra os canudinhos, enquanto espera que os políticos esquerdistas os sustentem por toda a vida. 

7)  A principal distinção dos ultrajovens é a necessidade de estar conectado o tempo todo.  Smartphones são sua porta de acesso ao mundo;  metade dos jovens não vão ao banheiro sem seus celulares.  42%  deles afirmam que deixariam de ir à academia se não pudessem leva-lo. 

8)  No ranking das mil empresas que mais investem em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) no mundo, de acordo com uma consultoria internacional, o Brasil tem apenas um representante isolado: a Petrobrás, e ocupa a 277ª posição (ducentésima septuagésima sétima).  A lista é amplamente dominada pelos Estados Unidos, e a liderança é da Microsoft.  Em seguida vem a Europa e o Japão. 

9)  Por outro lado, também não basta saber ciências exatas.  É preciso conhecer e escrever corretamente a norma culta da língua que fala. 

10)  Lamentavelmente ainda nos  deparamos com jovens que possuem olhares míopes, não conseguindo entender aquilo que leem.  Parece-nos que são frutos de ideologias políticas alienantes, valendo-se de um falido jargão da nocividade do sistema capitalista. 
Juventude Transviada

  

UM MAU EXEMPLO REAL:

          Vou contar um episódio ocorrido há pouco, envolvendo essa "tribo" de Ultrajovens brasileiros.  Esse episódio, foi narrado por um jornalista Rio-grandense, e publicado no Jornal da Copa em 06/julho/2018.  Vou transcrever praticamente na íntegra, o artigo de autoria desse jornalista, chamado David Coimbra, retratando um infeliz exemplo de cidadania praticado por alguns jovens brasileiros na Rússia, durante o evento da Copa do Mundo 2018.  Vamos pois ao texto:

          ..."O brasileiro sabe ser idiota.  Ontem, fomos jantar em um restaurante no centro de Kazan, e oito brasileiros se instalaram em uma mesa ao lado da nossa.  Eram rapazes fortinhos, de bermudas, e alguns com tatuagem nos braços ou nas panturrilhas, com camisas da Seleção e do Palmeiras.  Instalaram-se, pediram comida e refrigerantes. 

          Um deles, sacou de uma bolsa uma caixa de som, e ligou a música em alto volume.  Os brasileiros começaram a cantar.  Os clientes das outras mesas olhavam perplexos.  Havia mais brasileiros ali no restaurante, e também estavam gostando da coisa.  Mas os estrangeiros, perceptivamente, não!  O restaurante já tinha música ambiente.  Alguém aumentou o volume da música do restaurante, certamente para constranger os brasileiros. 

          Mas a maior qualidade do chato é ser inconstrangível;  e sempre acha que está agradando.  Como reação, os brasileiros aumentaram ainda mais o volume da música, e quem ficou constrangido foi o pessoal do restaurante, que desligou o som ambiente.  Agora, os brasileiros sentiam-se donos do lugar.  Começaram a cantar músicas da torcida> ôôôÔÔÔ, cinquenta foi Pelé... E subiram nas cadeiras!  Um deles tirou a camisa e começou a pular.  E algumas garotas brasileiras que estavam em mesas próximas, levantaram-se e cantaram e pularam também. 

          As garçonetes não sabiam o que fazer.  Pediam que os brasileirois descessem das cadeiras, mas eles não atendiam.  Seguiam cantando aos gritos: "Noventa e quatro Romariô"...  Felizmente minha conta veio.  Saí do restaurante, e ganhei a rua, aliviado.  Caminhei por um calçadão rumo ao meu hotel, e no trajeto, encontrei mais brasileiros.  Eles gritavam, cantavam e faziam batucadas.  Até aí tudo bem, mas alguns, quando viam jovens russas, simplesmente as atacavam.  Essa é a palavra:  atacavam.

          Eles cercavam as meninas e investiam sobre elas.  Primeiro, as russas riam, pensando que era só uma brincadeira.  Mas, diante da insistência, elas acabavam percebendo que os brasileiros queriam mesmo agarra-las ou beija-las ou sabe-se o quê, e os afastavam com as mãos, dizendo que não: Niet! Niet!  Só que eles não desistiam, ficavam em volta delas;  três, quatro, cinco homens em cima de uma ou duas meninas, até que guardas russos acudiam as moças e enxotavam os brasileiros como se fossem cachorros, e eles eram de fato uns cachorros. 

          Esses rapazes, certamente foram educados em boas escolas.  Não tem brasileiro pobre passeando na Rússia.  Eles fazem parte da elite.  Como é que podem se comportar dessa maneira?  Será que nunca tiveram um pai ou mãe para lhes ensinar que ser espaçoso é ser inconveniente?  Eles se acham alegres, se acham divertidos.  Mas são apenas grosseiros e obscenos. 

          Eis o que de melhoir sai das universidades brasileiras.  Futuros líderes, futuros governantes; o futuro do país... Nada além de refinados idiotas.  Se é dessa juventude que dependemos, nem mil Lava-Jatos salvam o Brasil". 

FINALIZANDO:

          Voltando novamente ao passado, naqueles tempos da "Juventude Transviada", que mencionei no início, o referido filme mostra, talvez até com excessos, o comportamento da juventude americana (gangues, erotismo, revoltas, etc.).  Mas no Brasil, esse comportamento não influenciou tanto assim os nossos jovens, porque os brasileiros sempre foram um povo conservador, e muitos adolescentes daquela época, tinham que trabalhar para ajudar suas famílias. 

          Mais tarde (década de 60), houve sim algumas transformações sociais, como por exemplo, a influência do verdadeiro mito Elvis Presley (Roc'n Roll), John Lennos (Beatles), mas essas transformações se resumiam na música e nos costumes (cabelos compridos para os homens, mini saias para as meninas, as gírias, etc.), nada sério que insurgisse uma contracultura mais séria.  A verdadeira transformação, esta sim, é contemporânea, desses ora cognominados Ultrajovens. 

          É importante observar porém, que esses "Ultrajovens", são apenas uma parcela minoritária da nossa juventude brasileira (assim eu creio), pois existe também jovens brasileiros de valor, de boas famílias, bem educados, e não podemos generalizar esse comportamento oriundo principalmente daquelas Universidades que infelizmente foram aparelhadas para servir a uma ideologia comunista e doutrinar esses jovens incautos. (Vejam o vídeo;)

          Não sei de onde surgiu esse pomposo nome de ultrajovens para essa juventude irresponsável.  Eu a chamaria de JUVENTUDE TRESLOUCADA, ou seja, que está fora de si, demente, alucinada (maconheiros).  Mas eu repito: nem toda a nossa juventude brasileira se enquadra nessa "tribo", tribo não sei de quê.
Juventude Transviada


      

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